sábado, 25 de fevereiro de 2012

Bandagem neuromuscular funcional - Fisiotaping

Olá pessoal, aqui vai nosso primeiro post oficial.


          O método de bandagem neuromuscular funcional, mais conhecido pela denominação – Kinesio Taping- foi desenvolvido na década de 70, no Japão, pelo quiropraxista Dr. Kenso Kase. Foi baseado na hipótese de que a função dos músculos não era apenas restrita aos movimentos do corpo, mas também ao controle da circulação de fluxos venosos, linfáticos e temperatura corporal, que surgiu a idéia de tratar as disfunções neuromusculoesqueléticas agudas e crônicas em todo o corpo através da aplicação das bandagens musculares. Kase acreditava que a incapacidade dos músculos funcionarem adequadamente induziria em vários tipos de sintomas, por isso a ideia de tratar os músculos através de um contato externo ativaria o processo de auto-cura do corpo.



            Essas bandagens auxiliam, por efeitos neurofisiológicos e biomecânicos, no tratamento de distúrbios musculares, osteotendíneos, ligamentares, linfáticos, funcionais, viscerais, neurológicos, entre outros.

Atualmente as bandagens elásticas funcionais têm ocupado seu espaço na prática fisioterapêutica como complemento às intervenções nas diferentes áreas, tais como: esportiva, traumato-ortopédica, terapia manual, reumatológica, estética, neurológica e pediátrica, principalmente por permitir a combinação com outras técnicas de reabilitação.

            A bandagem neuromuscular funcional também é amplamente utilizada como auxiliar na prevenção de lesões, principalmente as relacionadas com os esportes e com os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Quem nunca se deparou pensando no que seriam aquelas faixas coloridas nos atletas de elite quando estamos assistindo a alguma transmissão esportiva? O boom das bandagens se deu nas Olimpíadas de Pequim, onde muitos atletas apareceram com faixas coloridas pelo corpo. Hoje, já é muito comum vermos jogadores de futebol, vôlei, corredores, lutadores de MMA, dentre outros, utilizando essas bandagens.

            Existem vários tipos de bandagens, tais como a White Athletic Taping (bandagem rígida de esparadrapo), Mcconnell Taping (método criado pela Dra. Jenny McConnell, que utiliza também a bandagem rígida) e RMA – Reprogramação Músculo Articular (utiliza bandagens rígidas em formatos especiais, também utilizadas em pontos de acupuntura), porém estes tipos de bandagens não permitem a função normal do movimento.

            As bandagens neuromusculares funcionais são constituídas de 100% algodão e micro-fios de elastano, não contém medicamento, possuem fina espessura e baixo peso, o que permite que a pele respire sem obstruir os poros, além de não ocasionar restrições na amplitude de movimento, qualidade que a diferencia da bandagem rígida, utilizada por muitos anos. Seu adesivo é ativado pelo calor, é hipoalergênica, apresenta elasticidade semelhante ao músculo, sua durabilidade é de 3-5 dias, podendo ser utilizada até mesmo na água (portanto os nadadores de plantão podem utilizar a bandagem sem restrições!).

           
Benefícios: Auxilia na contração muscular, alivio da dor, reduz à contração excessiva dos músculos, melhora a circulação sanguínea e linfática- diminuindo a congestão do fluxo linfático, assim como o extravasamento sanguíneo subcutâneo, auxilia na liberação de aderências, na fadiga muscular, reduz inflamações e edemas, corrige desalinhamentos articulares, melhora a amplitude de movimento, auxilia na correção postural, melhora a propriocepção e proporciona maior estabilidade. 

            Contra indicações: Trombose venosa, feridas no local da aplicação, edema de origem renal ou cardíaca, carcinomas em tratamento e alergias a bandagem.

            Principais patologias tratadas com a bandagem: cervicalgias, neuropatias periférica, síndrome do ombro doloroso, tendinopatias, artroses, artrite, epicondilites, síndrome do túnel do carpo, contraturas e distensões musculares, bursites, fasciite plantar, escolioses, hipertonia e hipotonia, ciatalgias, lombalgias, hiperextensão articular, disfunções coxo-femorais, pubalgias, esporão de calcâneo, halux valgo, etc.

             Aqui está uma imagem com alguns resultados de tratamento (o primeiro sendo uma aplicação que fizemos em uma cicatriz com 24 horas de tratamento).


           
Queremos salientar que a bandagem, embora apresente muitos resultados e vários estudos comprovem sua eficácia, não é milagrosa, portanto, recomendamos que sua aplicação seja realizada por um profissional capacitado nessa técnica e que seja associada a tratamento convencional.

Espero que tenham gostado.
Abraços,
Aline e Marina


           

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